Blogagem Coletiva Teia Ambiental
Falar sobre Mineração e seus malefícios e logo me vem à mente a história de Itabira, terra do poeta Carlos Drummond de Andrade.
Famoso ficou o poema sobre o Pico que existia e deixou de existir.
Muitas outras histórias poderiam ser contadas aqui. Retratos de destruição ambiental, danos à saúde e perda do patrimônio histórico.
Fico com o lamento do poeta...
A MONTANHA PULVERIZADA - Carlos Drummond de Andrade
Chego à sacada e vejo a minha serra,
a serra de meu pai e meu avô,
de todos os Andrades que passaram
e passarão, a serra que não passa.
Era coisa de índios e a tomamos
para enfeitar e presidir a vida
neste vale soturno onde a riqueza
maior é a sua vista a contemplá-la.
De longe nos revela o perfil grave.
A cada volta de caminho aponta
uma forma de ser, em ferro, eterna,
e sopra eternidade na fluência.
Esta manhã acordo e não a encontro,
britada em bilhões de lascas,
deslizando em correia transportadora
entupindo 150 vagões,
no trem-monstro de 5 locomotivas
- trem maior do mundo, tomem nota -
foge minha serra vai,
deixando no meu corpo a paisagem
mísero pó de ferro, e este não passa.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
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Belo poema de Drummond que, infelizmente,
ResponderExcluirfaz a gente refletir em todas as idiotices
que o homem faz contra o planeta simplesmente
por causa de dinheiro. Como pode passar pela
cabeça de alguém acabar com um morro ???
É duro, né ?
Beijinho.
Vera
Querida, Flora:
ResponderExcluirQue bom, termos a companhia de ilustres como o poeta Drumond de Andrade, na nossa Teia Ambiental.
A Teia começou a ser tecida faz muito tempo, e é no lamento do poeta que podemos perceber quantos males essas ações predatórias do homem podem causar à alma humana. Mas, ele não se calou e deixou o seu protesto em forma de versos que também é uma maneira de se protestar. E se ele protestou, cabe-lhe agora divulgar no seu blog o protesto do poeta.
A Teia é assim mesmo, tece-se muitas vezes sem perceber-se que os nós estão amarrando-nos uns aos outros. Valeu a pena começar! Agora é ir até o fim. Que fim, hein?
Beijos, querida Flora.
Gilberto.
Oi, Vera:
ResponderExcluirComo pode passar pela cabeça dos homens acabar com rios, montanhas, palácios, florestas ?
Pois o homem faz isso sim !
Acaba com a Natureza e com a História, totalmente sem -cerimônia, nem vergonha.
Vamos ver qual será o resultado de tudo isso...
Beijo
Querido Gilberto:
ResponderExcluirÉ sempre bom poder contar com o respaldo dos "grandes", pois quem vai prestar atenção na pequeninha voz de uma senhora rebelde, e ambientalista de fundo de quintal ?
Ter o lamento do grande poeta brasileiro já ajuda um bocado. Não impede que montanhas sejam pulverizadas, mas faz com que o mundo saiba o que aconteceu.
Beijo
Oi, minha querida
ResponderExcluirEstou aprendendo muito ao estar participando da Blogagem Teia Ambiental e vejo, com grande alegria, que a Teia está sendo tecida... Vai ficando linda!
Vamos nessa com serenidade! Unidas venceremos!
Bjs e harmonia ambiental pra vc!
Oi, Rosélia:
ResponderExcluirQue bom ter a sua participação na Teia !
Sei que ela é fina e pequena, mas com a adesão de pessoas conscientes ela irá ganhando firmeza e aumentando sua área de atuação.
Vamos em frente !
Beijo
Aaaa Drumond...consigo sentir sua dor ao ler o poema! Que tristes imagens! Acho que se eu fosse ele ia sair "BERRANDO" ladeira abaixo e fazer uma loucura lá em meio àquela destruição! Muito bom este nexo poético com o "caos" ambiental!
ResponderExcluirBeijo de luz e obrigada por seu comentário e visita!
PS.: acredita que postei seu comentário e só agora a pouco que o vi?! hihi Mas respondi lá também e fico muito grata.
Oi, Selena:
ResponderExcluirJá sofri muito ao ver a destruição que o homem faz ao Meio-ambiente e à História...
Quando não se pode usar a espada, usa-se a pena, como fez o Drummond. Só lamento é que sejam tão poucas as pessoas importantes a se preocuparem com o destino do planeta.
Beijo
Esse poema retrata a realidade do mundo atual, Drummond em sua época se preocupava com o meio ambiente, por isso, denunciou as atitudes erroneas do homem.
ResponderExcluirÉ fantastico podermos contar com fontes escritas como esse poema, no estudo de diversas disciplinas.
Aluno: Ian Pedro
E Prof: Luciana espich
Muito obrigada, Luciana, pela visita e comentário!
ResponderExcluirJá visitei seu blog e deixei meu comentário lá.
A humanidade sempre está fazendo destruições e rebelando-se contra isso. Acho que faz parte da essência humana. Que cada um escolha o lado em que vai atuar.
Beijo
de lamento em lamento a voz se torna mais forte. unidos gritaremos ao mundo. chega!
ResponderExcluirÉ isso mesmo, Anônimo !!!
ResponderExcluirJá diz o ditado popular que a união faz a força. Tenho fé que ainda verei nessa vida o Homem respeitando a Natureza e vivendo em perfeita harmonia com todos os reinos existentes !
Obrigada pela visita e comentário.