sexta-feira, 7 de novembro de 2014

TOMARA QUE CHOVA !!! Será que somente chover vai resolver ?


Nunca o clima esteve tão presente nas conversas do Homem como nos tempos de falta de chuva como a que estamos passando ! Pelas ruas, nos  ônibus, em redes sociais ou nas reuniões de  família o assunto principal é esse, que se desdobra em frases assim:  "Viu que chuva boa caiu ontem ?" "Será que hoje chove?" "No seu bairro choveu muito ? No meu só deu para baixar a poeira..."

E tome noticiários, entrevistas, reportagens, pesquisas, e até vidências sobre o destino da terra seca !!!
E lemos que fulano afirma que se houvessem mais florestas no Sudeste a seca seria menos extrema...
Mas as cidades continuam cortando suas grandes árvores e plantando pequeninas no lugar !
- Espera aí ? Não estamos falando de ruas arborizadas e sim de florestas !!!
Sim, mas se as ruas das cidades fossem bem arborizadas ajudaria na refrigeração do clima ! Eu não posso plantar uma floresta na minha cidade, mas posso fazê-la mais verde e fresca plantando árvores na minha rua!

Algumas cidades do mundo apresentam suas soluções para a crise do século. E pergunta-se se essas soluções serão viáveis para São Paulo.
 Confesso que não concordo com algumas delas. E elas são sempre as mais complexas, com projetos multibilionário, como é o caso da China.
Desviar a água de rios movendo bilhões de litros cúbicos do sul para o norte é o objetivo, numa obra em que o custo deve superar US$ 60 bilhões.

"É viável em SP? O governador paulista, Geraldo Alckmin, propôs uma obra de transposição para interligar o Sistema Cantareira à bacia do rio Paraíba do Sul - proposta polêmica, já que este último é a principal fonte de abastecimento do Estado do Rio de Janeiro, mas vista como "viável" pela Agência Nacional de Águas (ANA). O custo estimado é de R$ 500 milhões."


Uma cidade da Austrália optou pela dessalinização, e já obtém metade de sua água potável a partir do mar.
Mas os ambientalistas criticam o processo por ser caro e demandar muita energia.

Em Nova York a solução é mais ao meu gosto, pois desde os anos 1990 eles iniciaram um amplo programa de proteção aos mananciais de água, prevenindo assim a poluição dessas nascentes. O projeto incluiu a aquisição de terras pelo governo, (onde existem nascentes) para proteger a área e preservar os lençóis freáticos. Campanhas vitoriosas para redução do consumo de água também fazem parte do projeto.

É perfeitamente viável para S.Paulo - e para qualquer cidade do planeta !-

Em Zaragoza, na Espanha, secas severas nos anos 1990 deixaram milhões de espanhóis temporariamente sem água. Mas um relatório da Comissão Europeia aponta que o maior problema no país não costuma ser a falta de chuvas, e sim "uma cultura de desperdício de água".
  Zaragoza encarou o problema com uma ampla campanha de conscientização em escolas, espaços públicos e imprensa pelo uso eficiente da água e o estabelecimento de metas de redução de consumo.

Para S.Paulo, é  preciso  fixar metas e incentivos à redução do consumo mais duras do que as promovidas atualmente pela Sabesp - por exemplo, forçando consumidores maiores a cortar mais seu gasto de água e debatendo a imposição de multas a quem aumentou o consumo em plena estiagem.

Na Cidade do Cabo (África do Sul) foi dado o brado de guerra ao desperdício !
 Khayelitsha, a 20 km da Cidade do Cabo, é uma das maiores "townships" (como são chamadas as comunidades carentes sul-africanas) do país, com 450 mil habitantes.No início dos anos 2000, uma investigação descobriu que cerca de uma piscina olímpica era perdida por hora por causa de vazamentos em sua rede de água. Um projeto-piloto de US$ 700 mil, iniciado em 2001, funcionou em duas frentes: a reforma de encanamentos ruins e a redução da pressão da água fornecida ao bairro, para evitar os vazamentos.
Segundo um relatório do governo da Cidade do Cabo, o projeto custou menos de US$ 1 milhão e o investimento foi recuperado em menos de seis meses.

"Em São Paulo, quase um terço da água é perdida (no caminho ao consumidor), o que equivale a todo o volume do Guarapiranga e Alto Tietê juntos. Em alguns casos, encanamentos antigos podem contribuir para isso. Seria necessário mapear, com a ajuda das prefeituras, áreas onde há grandes perdas de água e identificar os motivos."

 No México, 35 milhões de habitantes do país têm pouca disponibilidade de água, tanto em qualidade como em quantidade.
Essa escassez é grave na própria capital, a Cidade do México, onde uma combinação de fatores – como grande concentração populacional, esgotamento de rios e tratamento insuficiente da água devolvida ao solo – causa extrema preocupação.

 Uma aposta da Cidade do México são aquíferos identificados no ano passado, cuja viabilidade está sendo estudada. Estão sendo perfurados poços para não apenas confirmar a existência das fontes subterrâneas de água, mas também avaliar sua qualidade para consumo humano.
 E muitos dizem que, além de buscar novas fontes, a cidade precisa aprender a evitar os desperdícios do sistema e a utilizar a água atual de forma mais eficiente.

São Paulo e outras cidades brasileiras pensam em fazer uso desses aquíferos,  mas, por serem importantes reservas de água para o futuro, seu uso deve ser racional.


Soluções existem, resta saber se teremos tempo antes que a grande seca nos atinja...

Leiam a notícia aqui:
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2014/11/07/conheca-solucoes-para-a-crise-da-agua-em-6-cidades-do-mundo.htm