domingo, 18 de julho de 2010

LIBERDADE AINDA QUE TARDIA...

"Marketing é despertar nos consumidores suas necessidades reprimidas e demonstrar como supri-las através de produtos e/ou serviços. (NÓBREGA, Moacir, 2008)."

(As fotos não combinam com o texto. Aproveitei para mostrar imagens bonitas)

Selecionei essa definição de Marketing, entre muitas outras.
Como sempre, muitos enfoques podem ser usados sobre o assunto.
Escolhi o da "prisão emocional" que obriga as pessoas a seguirem os modismos desatinadamente.

No excelente livro "Manual da Agricultura Natural" do Hiroshi Séo, ele diz o seguinte:
"Chegamos a encontrar, no interior do Mato Grosso, caipiras que caminhavam 20 km para comprar margarina, porque A TELEVISÃO FALOU QUE FAZ BEM AO CORAÇÃO..".

- Vestir o que está na moda, mesmo que você fique parecendo um "saco de batatas amarrado", ou sobrando "banha" para todos os lados nas calças abaixo da cintura, são alguns exemplos da loucura coletiva imposta pelo muito bem feito trabalho de Marketing.

- Beber 1 litro de refrigerante na refeição, comer "sanduíche de minhoca", ver aquele filme violentíssimo e feio, mas que é o sucesso do momento, fazem parte dessa influência poderosa que atinge a todos - crianças, jovens, maduros, e idosos.

- Os meios de comunicação comandam a vida das pessoas - mas elas ainda não perceberam isso !
Eu costumo dizer que se aparecer na Rede Globo, o mundo inteiro fica sabendo. Caso contrário...

- Qual será a fórmula para conseguir viver livre dessa tão grande força dominante ?
Como sobreviver às tentações mundanas que estão por todo canto do planeta ?
E o que fazer para participar do mundo sem virar um robô que não tem vontade própria ?

Nos anos 80 existia um comercial cantado que dizia assim: "Liberdade é uma calça velha, azul e desbotada, que você pode usar, do jeito que quiser"...
Mas eu complemento com: Só vai usar se estiver na moda, caso contrário você será criticado pela sua turma !

No momento em que vim morar "na roça", ficou muito mais fácil libertar-me desses grilhões dourados. O fato de ser uma senhora de idade também ajuda muito, pois os anos já vividos nos dão uma certa autonomia e as pessoas "desculpam" nossas excentricidades.
Ser vegetariana, usar roupa antiga, usada e fora de moda, gostar somente de músicas do "tempo do joão charuto", não assistir novelas nem conhecer os astros e estrelas mais famosos do momento, não ler jornal...


LIBERTAS QUAE SERA TAMEN.
Blogagem Coletiva do blog Espiritual-Idade.

18 comentários:

  1. Querida Flora,
    quanto mais sei de vocês os dois mais me identifico convosco.
    Também não ligo para tv, nem para modas, nem para ostentação ou estrelato. A minha preferência vai para roupa confortável, de algodão biologico que uso até não dar mais. Não sou de consumismo nem de ceder ao marketing.

    Tanto no vestuario como na religião.
    Não sou alvo fácil para a publicidade.

    Gostei muito do seu artigo. Vc tem um estilo de escrita muito simples, bem ilustrado e com carradas de mensagens ocultas, bem acutilantes.

    Amei o seu comentário no Alma Mater. Essa ida ao mercado pra comprar fé fez-me rir imenso logo pela manhã.
    Beijinhos.
    Logo mais publico a minha participação.
    Não consegui ontem. Lamento.

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  2. Oi Flora ! Belas fotos (como sempre...) e texto igual-
    mente bonito. Concordo com você que a vida nos ensina a
    dar valor ao que realmente interessa. Vejo isso por mim
    mesma. Quando era jovem era consumista, gastava dinheiro
    com tanta bobagem e, agora, vejo que nada daquilo era
    realmente importante. Ainda bem que aprendi, né ? Tem
    gente que envelhece e continua fazendo bobagem até
    morrer... Para certas pessoas, a burrice é eterna...
    rsrsrsrs Mas, vamos combinar, quem acredita em tudo
    que a propaganda nos empurra goela abaixo, está com
    alguns neurônios defeituosos, não acha ? Tem coisas que
    a gente vê, com a maior clareza, que é pura enganação.
    Enfim, pelo menos para nós, comercial de margarina
    (que, aliás, sempre detestei) não nos diz mais nada.
    Que bom !
    Beijos e ótima semana.
    Vera

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  3. Querida Flora Maria, tenho que concordar com o que diz... Atualmente os meios de comunicação estão massificado à todos, assim procuro evitá-los... Andar e curtir a moda não é a minha preocupação...
    Realmente a idade nos dá esta bagagem de ensinamentos e oportunidades de fazer escolhas. Vivo melhor agora(depois de aposentada),sem me preocupar com horários e em agradar à todos. Ter liberdade para fazer o que gosta, é a melhor coisa do mundo!
    Um beijo no seu coração!

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  4. Oi, querida Flora
    Parecemos "brega" mas estar fora do mercado da moda é chique. É verdadeira libertação do "maria vai com as outras"... Muito legal o que disse... É preciso "ser mais eu" para tomar certas atitudes de gente bem consciente... Parabéns!
    Marketing é isso mesmo que escreveu: "grilhões da ecravidão"... um cansaço só!
    Liberdade interior ainda que tardia!!!
    Vc fez crescer em muito nossa BLOGAGEM COLETIVA ESPIRITUAL ECUMÊNICA,menna. Obrigada.
    Bjs e serenidade pra vc.

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  5. Acho que para se ter essa liberdade precisa se ter personalidade.
    Ser igual á todo mundo é fácil, o difícil é você ter a coragem de mostrar quem é e do que gosta.
    Ser espiritualizado também te traz um suporte e conhecimento, porque aí você aprende o que te faz mal ou bem, aprende a se conhecer melhor.
    Ótima semana pra você Flora, beijos

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  6. MUITO, MUITO BOM !!!!!!
    belíssima fotos!!!!!
    PARABÉNS!

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  7. Olá Flora,que beleza de flores e de tuas palaras.Eu como tenho alguns aninhos mais que tu, já sigo assim algum tempo.O principal é se sentir bem.Abraços,uma linda semana.

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  8. Flora Maria

    Flora

    Concordo com tudo o que vc falou.Detesto TV,mas quando eu ligo,tenho que estar com uma costura na mão ou crochê,porque haja paciência.Não consigo seguir e ver nada na TV...rsss.
    O que eu gosto mesmo é de fotografar...a natureza,as pessoas,os pássaros e o pôr do sol.Procuro sempre aproveitar o máximo o meu dia,mas com coisas que gosto de fazer.Não tenho tb esse modismo desenfreado que as mulheres tem:cada dia uma roupa,um sapato,uma jóia diferente.Aliás ,não gosto de jóias,nunca gostei,herdei algumas e nem sei o que faço com elas.Porque tenho só filhos,e eles não se firmam com ninguém...e as jóias vão ficando,o que fazer com elas?
    As minhas roupas,adquiro-as de uma amiga que é Artista Plástica e tem um confecção lindíssima,para pessoas da nossa idade.Roupas coloridas,que te deixam bem vestidas,modernas e folgadinhas...rsss..só visto roupa da EMELE...porque vai com meu estilo de viver...roupas cheias de flores,aplicadas ou pintadas à mão.Não uso roupa de griffe,nem meus filhos...e vou levando a vida,no meu modo simples de viver,sem luxo,mas com um certo conforto.
    Nada levaremos da vida,apenas as boas ações que praticarmos,além , da minha família,as pessoas que mais amo,são meus verdadeiros amigos...assim como voce.
    Bjs

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  9. Puxa, essa do tempo do "joão charuto" minha mãe sempre falava...rs!
    Mas você me pegou com o "biscoito de vento" (essa é do nosso tempo!)
    Coerência é a palavra certa para definir quem escolhe um caminho a seguir, sem se importar com modismos.
    Quase não vejo TV, não sigo griffe e adoro a simplicidade dos lugares do interior.
    Seu marketing está no interior, na essência, não no exterior.
    Boa semana!

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  10. Obrigada, Rute, pelas palavras tão gentis.

    Existem assuntos que nos provocam reações interessantes, e essa subserviência aos ditames da moda é um deles.
    Seguir as tendências é saudável, mas usar até o que não gostamos, apenas para fazer parte da tribo, é burrice.

    Coisas da raça humana...

    Beijo

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  11. Oi, Vera:
    Lutar pelos nossos sonhos, alimentar nossas idéias, é muito bom, principalmente quando esses sonhos e idéias estão na contra-mão da história.

    Beijo

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  12. Oi, Zélia:
    Uma das vantagens de ser adulto é poder ter liberdade de escolha, pois estamos livres da influência massificante do sistema.
    ...Ou pelo menos, deveríamos estar !

    Uma coisa que me entristece é quando vejo povos tradicionais perdendo totalmente sua identidade em favor da globalização...

    Beijo

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  13. Oi, Orvalho:
    Viva a liberdade, ainda que tardia, como diz a bandeira de Minas Gerais !

    Não é fácil ser a "ovelha negra" da turma, mas quando seguimos nossos ideais e valores, encontramos uma grande alegria interior.

    Beijo

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  14. Oi, Isa Mar:
    Concordo que é muito difícil ser diferente da maioria.
    Eu sempre fui, e sofri, sim. Não gostar do que os outros gostam, não fazer o que os outros fazem, ficar sempre "na berlinda" negativa, é uma carga difícil de carregar mas, quando ficamos mais velhos, isso tudo é motivo de orgulho.

    Beijo

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  15. Querida Rosângela:

    Sabia que ia gostar, pois fazemos parte dessa turma de rebeldes do bem, não é mesmo ?

    Beijão

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  16. Oi, Gilka:

    A idade nos dá sabedoria e força. É o consolo para a perda de juventude...

    Beijo

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  17. Amiga Sonia:

    Ter opções de vida diferente da maioria não é fácil. Eu senti na pele essa dificuldade.
    Por exemplo: eu nunca gostei de bebida alcoólica.
    Questão de gosto pessoal, mas tive que aturar a vida inteira, a estranheza das pessoas que insistiam em me oferecer, cerveja, vinho, etc, etc. Se só oferecessem, tudo bem, mas junto com o oferecimento, vinha a brincadeira debochada. Depois de algum tempo, eu também brincava dizendo que era "crente" e minha religião não permitia.
    Por que eu tinha que beber, se não gostava ?

    Depois foi com a carne...
    "Você não come carne ?????????"

    Assim fui desenvolvendo a tolerância...

    Beijo

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  18. Oi, Gina:
    Essa do "joão charuto" é uso da minha sogra.
    Eu adoro resgatar esses termos antigos e escrever da maneira que gosto, usando as palavras do meu jeito, sem me preocupar com o certo ou o errado.

    Comecei a fazer uma relação dos termos usados na família, para que não se percam essas formas de expressão tão antigas.

    Beijo

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