sexta-feira, 31 de outubro de 2008

DIA DAS BRUXAS ???

No afã de copiar o estilo de vida americano, introduzimos o Halloween nos nossos costumes. MAS...

http://i258.photobucket.com/albums/hh268/Faelind/Beltane_enhanced.jpg

Estamos no meio da Primavera, tempo de luz, cor, calor, amor.
Nesse período do ano, as tradições antigas celebravam Beltane.

"BELTANE - FESTA DA PRIMAVERA

(01 de Maio) H. Norte / (01 de Novembro) H. Sul

É o Sabbath da fertilidade, em que se celebra o casamento dos Deuses. As fogueiras de Novembro são acesas, e os postes de Novembro levantados. É uma festa alegre, em que as mulheres usam coroas de flores e todos dançam ao redor das fogueiras. Agradecemos pelo fim da metade escura do ano, e pelo início da época da luz. Abrimos nosso coração para a comunidade, e nossas vidas voltam-se para a mesma. O mundo já pertence ao Deus Sol, e a metade Luz do ano tem início."



Flores, muito sol, e a Natureza explodindo em cor e beleza. Os pássaros cantam como nunca e fazem seus rituais de acasalamento. A terra, molhada pelas chuvas fortes, desprende perfumes insinuantes e podemos sentir o Amor vibrar em cada átomo.

Como podemos comemorar o Dia das Bruxas, início do inverno, tempo de recolhimento e introspecção, com toda essa luz lá fora ? No Hemisfério Sul estamos na Primavera.
Que tal marcarmos a comemoração do Dia das Bruxas para 1º de Maio, quando toda a Natureza conspira para essa celebração ?

PS: visitem o blog da Hazel - Casa Claridade e vejam como é celebrado NO HEMISFÉRIO NORTE o Dia das Bruxas.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

CHUVA DA PITANGA

Ao que parece ontem tivemos a primeira chuva da Primavera, do jeito que eu gosto, com a Natureza em movimento e som. Trovões, vento, granizo e água agitaram São Lourenço durante a tarde para depois, na bonança depois da tempestade, apreciarmos o lindo céu pontilhado de estrelas, os iluminados vagalumes e o ar fresco à noite.Minha pitangueira, pela primeira vez, ficou carregada de frutos este ano enfeitando de vermelho a copa verdinha.
Chuva de granizo sempre surpreende pois "pedra" caindo do céu não faz parte da rotina de nossa vida. A de ontem não foi das mais fortes, mas as pedras eram de bom tamanho, e fizeram bastante barulho nos telhados.
Hoje não precisei de muito trabalho para colher as pitangas que já estavam no chão, após a chuva de ontem.
Acho que dará um potinho de geléia ou uma boa jarra de suco.
Obs: a travessa branca foi herdada da minha avó Olívia, e é bem antiga.

domingo, 19 de outubro de 2008

RETRATOS DE UMA ÉPOCA DE CRISE

Crise é a palavra do momento, mas a humanidade vive em crise desde que começou sua peregrinação pelo planeta Terra. Algumas crises são grandiosas, como a de 1929, outras mais discretas ou localizadas, mas sempre estamos EM CRISE. Minha avó Olívia chegou ao Brasil em 1926, juntamente com minha mãe que era uma jovem portuguesinha de 14 anos. Pouco dinheiro, muita economia para quem não tinha o berço dourado da classe A. Os lindos vestidos de 1934 só eram admirados no Jornal das Moças.
Econômicas por vocação e por necessidade, minha avó e minha mãe aproveitavam cada pedacinho de pano para fazerem toalhinhas bordadas que enfeitavam sua casa simples, porém arrumadinha.
Os pedaços das mangas e das "fraldas" das camisas masculinas que não ficavam puídas de tanto uso, viravam blusinhas para as duas e toalhas para mesinhas. E com várias emendas, lógico.
Toalhas de mesa e panos de prato eram confeccionados com sacos de farinha de trigo reutilizados inteligentemente.
Na foto o saco feito de retalhos onde minha avó guardava seus retalhos preciosos.
Também os pães eram guardados em sacos de tecido.
Minha avó fazia tapetinhos de fuxico (que não tinha esse nome na época), para colocar na porta como capacho.
Tudo era muito bem aproveitado. Eu gostava de observar meu avô Adelino barbeando-se com navalha (meu pai já usava Gillette !), num ritual cuidadoso, onde ele usava o papel que envolvia o rolo de papel higiênico para limpar a navalha a cada passada no rosto. Dessa forma, os pelinhos da barba não caiam no ralo da pia.

Minha mãe gostava de contar que teve um par de sapatos que durou 12 anos, e outro (depois desse) que durou 14 anos !!! Usou o mesmo sapato durante 14 anos ! Como alguém podia viver assim, dirão as mocinhas de hoje.
Também pudera, pois só eram usados para passear, pois durante a lida diária e até mesmo as saídas para compras no bairro, o que usavam eram os famosos tamancos de madeira.
Além disso, meu avô, homem de mil e uma utilidades, sabia pôr solas nos sapatos.
Ainda o vi muitas vezes pondo a sola de couro nos sapatos da família, e lá ficava eu, encantada, acompanhando seu trabalho de sapateiro. O pé-de-ferro está comigo, hoje decorando minha varanda florida.

Acho que o mundo vivia em CRISE e não sabia.
Por isso era mais feliz...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

CADERNOS ÁRVORES DE MINAS

Mantendo-me fiel à natureza, criei esses cadernos e cadernetas com o tema Árvores de Minas. Procurei retratar, de forma estilizada, algumas árvores originárias do Brasil, e que também são encontradas na nossa região.

Os cadernos são confeccionados com papel reciclado industrial, a capa é revestida de papel reciclado artesanal, feito pelos alunos da APAE de São Lourenço, o bordado é em juta e a mini-boneca é arte da Marília Araújo (Ladaínha). Gostei muito do resultado final.

Aqui está o belo Flamboyant, com sua florada de intensa cor.
Essa primeira remessa tem 3 cadernos e 3 cadernetas. O marca páginas é uma fita de cetim, e as árvores escolhidas foram: para os cadernos - Quaresmeira (a árvore-símbolo de SL), Ipê-amarelo e Flamboyant/ para as cadernetas - Eritrina, Ipê-rosa e Cássia.
As cadernetas tem a mini-boneca presa ao marcador de cetim.