domingo, 31 de maio de 2009

A MAGIA DAS PEDRAS PRECIOSAS

"As forças que residem nas pedras possuem um ponto de aplicação em nós, dado que elas foram criadas segundo o mesmo modelo pelo qual nós fomos criados. Uma casa que contém pedras tomadas à Natureza está carregada de poder. As pedras animam as vidas dos ocupantes e inspiram o pensador em sua mesa de trabalho.""Não as esconda por muito tempo, mas tire-as de seu porta-jóias seguidas vezes, fale a elas agradecidamente, louve-as em sua beleza. E use-as sempre. Elas querem estar com você e ser amadas, ou que pelo menos se dê atenção a elas. "
"Uma pedra preciosa não existe em isolamento, ela tem uma função a cumprir. Há pedras elétricas, que principalmente dão, e pedras magnéticas, que principalmente recebem; não que elas tomem sua força-vida, mas a calamidade que ameaça você. Elas tomam para si as suas perturbações".
(Texto do livro : A magia das pedras preciosas, de Mellie Uyldert)

Em São Lourenço, José Weber de Castro Ribeiro, profundo conhecedor de cristais, começou lapidando pedrinhas e já fez verdadeiras obras de arte em cristal. Em 1985 surgiu ITA WEBER, que compra pedras de todas as regiões do país, desde o Pará até o Rio Grande do Sul.
- O Brasil tem os melhores cristais do mundo, e Minas Gerais é o estado onde existem a maior diversidade, quantidade e qualidade.
Weber já tocou garimpo em Goiás, e é um apaixonado pelas pedras brasileiras. Em sua loja-casa, cercada de belíssimos cristais no gramado, podemos encontrar peças que variam de $0,50 a $10.000,00.
- As melhores Ametistas são do Rio Grande do Sul, e o Topázio Imperial só é encontrado em Ouro Preto, explica Weber, enquanto vou admirando e fotografando suas preciosas pedras.

"As feias que me desculpem, mas beleza é fundamental", e beleza é o que não falta nas nossas pedras preciosas.
Admirar essas maravilhas, conversar com o Weber e aprender um pouquinho sobre as gemas brasileiras e adquirir sua "pedra de poder" é um ótimo programa sãolourenciano.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

SUBINDO A MONTANHA

Neste ano o mês de maio está excepcionalmente úmido, e nossas manhãs são envolvidas por forte neblina que perdura até aproximadamente às 9 horas.
Hoje resolvi sair para fotografá-la e, quase sem perceber, fui subindo a montanha que existe por trás da minha casa. Na realidade não chega a ser uma montanha...
Apesar do frio, o gado pastava tranquilamente, embelezando ainda mais a paisagem campestre.
O verde, apesar de embaçado pela neblina, é muito bonito, e o campo ganha um ar de mistério.
Tres urubus andavam pela relva, e um deles assim estava : parado e com as asas abertas.
Será que urubu não voa na neblina ?
O aglomerado de casas ao longe está quase invisível. Continuo subindo.
No alto da montanha encontrei várias teias de aranha desse tipo. Mais parece um delicado véu de noiva.
Aos poucos o sol vai surgindo por entre as brumas e a verde paisagem ganha cor e beleza.
No alto o sol já havia chegado, mas as terras baixas ainda estavam encobertas pelo mágico véu da neblina. Pouco a pouco o azul do céu foi surgindo e a Terra despertou para mais um glorioso dia de sol e luz.
Acabou o passeio e vamos trabalhar !

domingo, 24 de maio de 2009

SANTA CRUZ

Terminei o curso ginasial em 1962, e as fotos da Formatura já foram publicadas aqui, na postagem Anos Dourados. Em 1982, resolvi ir atrás da antiga turma, para rever aqueles jovens colegas dos tempos idos. Procura daqui, busca acolá, revira o caderninho de enderêços, e aos poucos vou conseguindo localizar uma boa parte da turma de trinta e poucos alunos.

Emocionadíssima e com as mãos geladas, dirigi-me ao restaurante onde marcamos o primeiro encontro, após 20 anos de separação. Seria reconhecida pela minha turma ? Reconheceria os antigos colegas ? Cada pessoa que surgia era um frenesi geral. Quem é aquele, quem será aquela ? Eunice foi a maior surpresa do dia ! Menina quieta e gordinha, transformou-se em esbelta e bela senhora risonha. Renato então... Aquele menino baixinho, virou um charmosíssimo e próspero homem de negócios.
Na foto o orgulhoso Dr. Aliomar, de pé, abraça dois dos seus queridos ex-alunos.

Pouco tempo depois, voltamos à velha e querida escola para as comemorações dos seus 50 anos.
Nessa reunião, alunos de outras turmas estiveram presentes, e a alegria foi muito grande.

Vários encontros alegres e saudosos foram realizados, e em cada um deles, novos colegas apareciam, alguns trazendo a família para conhecer os colegas de juventude. Claro que muitos não conseguiam acompanhar a conversa, pois não vivenciaram aqueles momentos tão especiais.
Meu marido estudou no mesmo colégio, na mesma época, e sempre participou intensamente das lembranças ginasianas.

Em maio de 1991 fizemos a última reunião em que compareci, já que em agosto saí do Rio de Janeiro. Nesta última reunião o querido "Doutor Aliomar", diretor da Escola Técnica de Comércio Santa Cruz e Ginásio Aliomar Pereira, compareceu juntamente com Dona Eunice, sua esposa e colaboradora. Desta vez, poucos alunos da minha turma, mas "meninas" de outra classe compareceram, uma delas trazendo o marido.

Momentos deliciosos passamos nesses encontros repletos de recordações. Aquelas meninas, com pose de jovens senhoras, e os outrora levados garotos, transformados em sérios homens de negocios, voltavam no tempo e reviviam um pouco da história dos Anos Dourados.

Quem sabe ainda não consigo reencontrá-los, agora idosos avós da Nova Era ?

quarta-feira, 20 de maio de 2009

ORA, PETECAS !

Estava eu na Rodoviária de São Lourenço, quando vejo descer de um ônibus um senhor carregando uma estante cheia de petecas coloridíssimas. Aquela visão do arco-íris imediatamente chamou minha atenção, e despertou meu interesse.


Curiosa do jeito que sou, lá fui eu conversar com ele. Além da linda estante cheia de petecas, ele também trazia 2 caixas enormes. Nelas, petecas, petequinhas e petecões, cada uma mais linda do que a outra. Conversa vai, conversa vem - ele muito gentil e conversador - fiquei sabendo um pouco da sua história.
Chiquinho da Peteca, como é conhecido, mora em Itanhandu, cidade próxima de São Lourenço, e vive da produção de petecas há aproximadamente, 10 anos. Trabalha com a esposa e 2 filhos.
Compra as penas, tinge, e faz um trabalho muito bonito e caprichado.

De segunda a sexta-feira a família trabalha na confecção, e nos finais de semana, o Chiquinho sai para vender a produção.
Sábado fica em Soledade, quando o Trem das Águas faz seu passeio costumeiro, carregado de turistas. Aos domingos, vai para a Feira, em Cruzeiro.
Além disso, vende para muitas lojas, em São Lourenço, e encomenda nunca lhe falta.
Não preciso dizer que fiquei encantada com a história e as petecas do Chiquinho, e perguntei se podia fotografá-lo e ao seu belo artesanato. Ele prontamente aquiesceu, e até fez posse.

No final, ainda ganhei uma peteca, que muito envergonhadamente, aceitei emocionada.

Fiquei meditando sobre a vida...
Emprego pode faltar, mas trabalho não falta, para quem está disposto e faz bem feito.

sábado, 16 de maio de 2009

PLANTAS MÍSTICAS

Desde o início dos tempos, acredita-se que algumas plantas tem poderes especiais, e os homens sábios de outrora usavam esses poderes em seu favor. Acreditando ou não, mostro-lhes a seguir algumas dessas plantas mágicas.

A bela cheflera (Schefflera sp.) que embeleza meu jardim (é a planta de folhas brilhantes, junto ao portãozinho de madeira), segundo os hindus, atrai toda a energia negativa da casa, protegendo, portanto, os seus moradores.

Segundo uma tradição muito antiga , o alecrim (Rosmarinus officinalis) possui propriedades mágicas. Entre elas, a de afastar o mau-olhado e as forças do mal. Por isso, ainda hoje é muito usado para enfeitar andores de procissões, em defumações e para benzer doentes. Nos rituais da Igreja Católica, inclusive, costuma ser abençoado na missa do Domingo de Ramos. E, diz a tradição, que para ser empregado com sucesso na fabricação de poções mágicas e remédios caseiros, deve ser plantado na sexta-feira da Paixão.

O famosíssimo trevo-de-quatro-folhas (Oxalis adenopsios), traz sorte e tranquilidade para quem os possui. Carregar uma folhinha na carteira, é certeza de nunca ficar sem dinheiro.

A arruda (Ruta graveolens) é utilizada para evitar mau-olhado e afastar o azar. Há quem diga que a arruda funciona apenas como uma espécie de termômetro das forças negativas do ambiente. Assim, quando o ambiente está "carregado" a arruda murcha.

Se, de uma hora para a outra, uma avenca (Adiantum sp.) ficou muito verde e copada, pode ser sinal de que está começando algum tipo de jogo de infidelidade na casa.
A minha está no jardim...

"Com a espada-de-são-jorge (Sansevieira sp.) é preciso tomar muito cuidado. A variedade de bordas brancas atrai maus fluidos, enquanto que a de borda amarela traz sorte e garante a felicidade para seus donos."
Acontece que eu só tenho a espécie que não tem bordas coloridas !!! E aí, como é que fica ?
Prefiro acreditar que todas elas atraiam bons fluidos...
Na foto, minha espadinha, pequenina e graciosa, formando rosetas, e que deve ter o mesmo poder que a espada.
Se o seu dinheiro-em-penca (Pilea sp.) murchar de repente, e o problema não for falta de água, prepare-se. Você, infelizmente, poderá vir a passar um longo período de falta de dinheiro.
Quando a Pilea está vigorosa, atrai dinheiro.
Será melhor não ter dinheiro-em-penca em casa, e ignorar os sinais ?

Pelo sim, pelo não, não custa conversar com suas plantas - ainda que só em pensamento - e pedir a proteção delas para você e os seus. Elas entendem e reagem favoravelmente a isso.

Afinal, "yo no creo em brujas, pero que las hay, las hay."

(Pesquisa feita na Revista Sítios e Jardins, de 1992)

domingo, 10 de maio de 2009

VIVENDO EM HARMONIA COM A NATUREZA

Moro num sítio (chácara ou quinta, para os portuguêses), pertinho do centro da cidade, mas cercado pela mata nativa. Alí, flora e fauna vivem e convivem em harmonia com os seres humanos. Muitos pássaros cantam o dia todo, cada qual na sua hora. Borboletas voam e encantam com suas cores. Abelhas, marimbondos, gambás, taturanas, aranhas, tatus, cobras e lagartos também são vistos com facilidade.

Cena interessante... Roupas quarando ao sol, e o lagarto encarando o gato. Os gatos são os moradores oficiais, e estranham essas visitas ocasionais. Durante os meses quentes os lagartos aparecem, cada vez menos tímidos, e vem comer a ração dos gatos. Os gatos ficam observando...
Meu marido foi ao quintal e voltou com essa borboleta, que ficou muito tempo descansando sossegadamente na perna da sua calça.
O beija-flor, agitado como ninguém, deu um tempo para descansar, e aproveitei para fotografá-lo no jardim.


Estranho e enorme casulo apareceu no alto da árvore, perto da varanda. Pena que não vi o que saiu dele...Perereca na parede do banheiro, já é coisa normal. Olhamos para ela, ela olha para nós, e continuamos nosso banho tranquilamente.
Coloquei um prato com pedaços de frutas no beiral da varanda, para os passarinhos comerem.
Mas as mariposas também gostam, e ficam ali, por um tempo infinito, sugando o alimento oferecido. Em certo dia encontrei 3 juntas, dividindo irmãmente as bananas muito maduras que ali estavam.
Esse pássaro, que não reconheço qual é, já está acostumado com nossa presença, e até faz posse para a foto.
Sanhaços vem sempre. Um outro, pequeno e preto também, e esse que é maior, são visitas constantes, mas não dividem a refeição. Assisti a uma cena interessante esta semana, quando 3 pássaros espiavam dos galhos, enquanto um comia a fruta, e outro, logo ao lado, esperava uma oportunidade para ocupar o lugar.
Adoro esse convívio com a fauna local ! Apesar das picadas de abelha e marimbondos, que já recebi, e das queimaduras de taturana, gosto muito dessa vida silvestre.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

VARIAÇÕES SOBRE O MESMO TEMA

Eternamente Flora, já que assim foi determinado, só posso viver retratando as obras da deusa das flores e dos jardins. Depois dos cartões e cia., trabalho que iniciei logo que vim morar em São Lourenço, lá pelo ano de 1991, resolvi também fazer quadros florais. Atualmente eles são assim: pequenos (20x15, mais ou menos), e muito coloridos, aproveitando a cor natural das flores.

Em 1992, quando comecei esse trabalho, eles eram bem maiores. Usava flores grandes como o hibisco desse exemplar. Foram vendidos para lojas do Rio de Janeiro, inclusive para uma que existe dentro do Jardim Botânico (nada mais lógico !). Também Em São Lourenço, Penedo, Caxambu.
Depois de algum tempo resolvi parar, ficando somente com a confecção de cartões.
Incentivada pelo meu amigo Cláudio, que possuía a bela (e extinta) loja Trilha Guaianá, recomecei a fazer meus quadros, desta vez pequenos.

Dos grandes e antigos, muitos foram vendidos, outros foram oferecidos como presente, e alguns guardei e uso na minha parede da sala.

Como dá para perceber, a sempre-presente-flora, faz parte integral da minha vida.

domingo, 3 de maio de 2009

JARDINS

Apesar de ter paixão por plantas, nos últimos tempos não tenho cuidado do meu jardim. Como já comentei antes, o tempo anda curto, e o dinheiro também. O mato, que também é querido, está sentindo-se muito à vontade e ocupando todos os espaços. Nossa área é bem grande e trabalhosa para cuidar.

Parece que a deusa das flores e dos jardins não está muito satisfeita com essa situação e, para mexer comigo, tem colocado no meu caminho blogs onde as flores estão explodindo em formas e cores formidáveis.
Fiquei absolutamente fascinada pela FESTA DA FLOR realizada na Ilha da Madeira - Portugal.
Só vendo, para acreditar em tanta beleza !


Caminhos de terra, alguns canteiros cercados por pedras do local, e a Natureza determinando o que nasce, e o que não nasce. E eu, deixo-me levar por seus caprichos, pois faz tempo aprendi que não adianta lutar contra ela. Assim sendo, passei a admirar capins, árvores nativas com floradas perfumadíssimas, trepadeiras silvestres que expõem flores no alto das árvores, cogumelos de tipos e cores diferentes...
Adoro meu jardim simples e rústico !
Meu bosque, quase selvagem, onde o verde é presença absoluta. Face Sul, pouco sol, é totalmente ocupado pela vegetação nativa, onde os pássaros vem buscar alimento e retribuem com seu cântico melodioso. Pequeno e florido jardim, no Espaço Dharma, em São Lourenço.
No Parque das Águas de São Lourenço, as orquídeas dão show quando chega a Primavera !
Gramados, cerca-viva, árvores floridas... Assim são os jardins do Parque das Águas, belo em todas as estações do ano.
Este romântico jardim está localizado no quintal de uma loja, em Tiradentes.
Outro ângulo do mesmo jardim. Belezas de Tiradentes...
Delicioso jardim toscano, no lindíssimo Palace Hotel, em Poços de Caldas.
Em Poços de Caldas, o calendário está no jardim. Estive lá neste dia.
Encantador jardim, terreno acima, em Caxambu.

Vamos ver se, motivada pelas belezas que tenho visto por aí, arranjo mais tempo e dinheiro para cuidar do meu jardim silvestre...

sexta-feira, 1 de maio de 2009

CADERNO DE DEDICATÓRIAS

Toda mocinha, nos tempos idos, tinha seu Caderno de Dedicatórias, onde amigos escreviam palavras agradáveis e carinhosas. Eu não podia fugir à regra, e também tive o meu, que guardo até hoje com muito carinho. Hoje vou mostrá-lo a vocês.Econômica por natureza e por educação, não comprei um caderno bonitão, de capa dura, que era normalmente usado, e, naturalmente, mais caro.
Peguei um caderno comum, de capa mole, colei cartolina e cobri com um lindo papel para presente usado na loja do meu pai. Adorei a estampa de violetas ! Recobri com plástico transparente para proteger melhor. Passei um cordãozinho para embrulhos de presente, pela lateral, para dar um toque, e estava pronto o meu Caderno de Dedicatórias.
Na primeira página, os versinhos charmosos ( para 1959 ! ), indicavam a quem pertencia o Caderno.
Aí era só vencer a timidez e pedir aos colegas para escreverem uma dedicatória caprichada.
Meu amigo Roberto fez uma bonita apresentação, com tinta verde e letra floreada.
Essa dedicatória, feita por um rapazinho por quem eu estava "apaixonada", e onde ele fazia uma singela declaração de amor, deixou-me feliz e envergonhada. Tão envergonhada que arranquei a página para que ninguém visse. Alguns anos depois, já menos envergonhada, e nada apaixonada, colei a página novamente no caderno.
Coisas de tempos recatados...
Meu marido, (Na Era do Rádio) que antes de marido foi amigo, também fez sua declaração de amizade.
Colegas de colégio, de trabalho, amigos diversos, ao longo dos anos escreveram no meu Caderno.
Quando minha filha Cláudia (Pitados da Morgye), tinha 7 anos, pedi-lhe que também fizesse uma dedicatória. E ela caprichou nas palavras e no desenho.
Meu filho Roberto escreveu e desenhou, quando tinha 8 anos.
Meu querido e único neto (por enquanto...) João Pedro escreveu uma linda dedicatória, que deixou-me muito feliz e emocionada.

E assim, como um amigo fiel, meu Caderno de Dedicatórias vai me acompanhando ao longo da vida.
Folhear suas páginas, já amareladas pelo tempo, é sempre uma terna viagem ao passado.