FESTIVAL DE SAMHAIN

"Os Celtas , povo pagão ( pagão significa: povo dos bosques) não viam o tempo de forma linear, mas circular, cíclico. Seus calendários levavam em conta não só o ciclo solar, mas também o ciclo lunar."

"Originários da tradição celta, os Sabbats * ocorrem oito vezes ao ano, levando-se em conta a posição da Terra com relação ao Sol: Equinócios e Solstícios. Estas reuniões são conhecidas como RODA DO ANO e festejam as estações anuais e suas colheitas."

*" Os Sabbats são datas em que os pagãos celebram a vida e tudo que nela existe, celebram a Natureza, dançam, cantam, deleitam-se com alimentos pagãos e honram as deidades da Religião Antiga".

SAMHAIN

31 de Outubro (Hemisfério Norte) e 1° de Maio (Hemisfério Sul).

"Este Festival marca o ano novo Celta, assim como o início de uma nova Roda do Ano. Samhain, o festival dos mortos, é uma época de meditação e reflexão, sobre os ciclos da natureza, da vida e da morte. Época de nos conectarmos com a energia dos nossos antepassados e de todos aqueles espíritos e seres que nos auxiliaram em nossa caminhada, pois é uma época em que, segundo a cultura pagã, o "véu entre os mundos" se torna mais tênue.

O festival de SAMHAIN - celebrado a 1º de maio - anuncia a chegada do inverno, da escuridão e da suspensão da vida. É um período de recolhimento, em que a vida na natureza entra em suspensão - animais migram ou hibernam, a vegetação resseca ou congela, o tema da morte é constante." "O Caminho espiritual que tem como base a Natureza não pode ficar alheio às suas energias e precisa celebrar em concordância com elas. Se formos observar os rituais indígenas, veremos que suas comemorações são sempre em função dos ciclos da Natureza que estão vivendo. "

"Da mesma forma que os antigos procuravam proteger-se do frio no interior de suas casas, cada um de nós, nesse período, é estimulado a mergulhar em seu interior para compreender nossas questões mais profundas".

"A princípio, um festival associado aos ancestrais e ao outro mundo pode soar um tanto lúgubre à mente moderna – mas não podemos esquecer que os Celtas viam a morte de uma forma muito diferente: para eles, a morte era – como de fato é, ainda que tentemos negar – um processo natural e necessário para a continuidade da vida".

"Embora possa parecer que seja um festival triste ou de invocação de espíritos, não é nada disto, muito pelo contrário. É um ritual de celebração de nossos ancestrais e de alegria porque depois do fim, vem o recomeço, depois da morte vem o renascimento, e a roda continua a girar, marcando o começo de mais um ano."

"Ao proporcionar uma releitura do que é a morte, o festival Celta de Samhain permite que compreendamos melhor o que é a vida, passando assim a desfrutá-la melhor e com mais respeito e honra."

"O fato de Samhain ser o Ano Novo Celta é mais um indicativo disso: todo fim e, na verdade, um recomeço. Samhain é um período de se honrar os processos mágicos de início, fim e reinício – vida, morte e renascimento, a contínua e eterna ciclicidade da criação, livrando-se daquilo que não serve mais, descartando idéias obsoletas e abrindo espaço para o novo, um verdadeiro processo de renascimento."

"Você pode aproveitar a noite de Samhain para fazer preces para os seus ancestrais, queimar um papel com tudo que não quer mais em sua vida, abrindo-se para o novo; queimar folhas de louro com outro papel contendo seus desejos, lembrando-se sempre de não prejudicar ninguém, nem interferir no livre-arbítrio de outrem. Samhain também é o período de abraçar a sombra, isto é, mergulhar no autoconhecimento e transformar o que precisa ser transformado."

(O texto foi enxertado de diversos sites ou blogs, e fui mesclando as informações mais interessantes que encontrei.)

Apesar de não seguir esses rituais, percebo a profundidade da relação do homem antigo com a sua Mãe Terra, e isso eu admiro muito. Basta olhar pela janela para ver a Roda do Ano acontecendo à nossa volta. Conectando-nos com a Terra, estamos vivendo em harmonia com o todo, e sentindo a beleza do Grande Plano Divino.

As fotos são da redonda Fonte Vichy. Paisagem mais do que fotografadas por mim, resolvi experimentar fazer as fotos do lado de dentro da Fonte, deixando aparecer a beleza da grade trabalhada. Fui girando e fotografando cada janela.

Nem podia imaginar que essas fotos encaixariam perfeitamente na postagem sobre a Roda do Ano Celta...

Uma senhora que lá estava perguntou se não seria melhor fotografar do lado de fora...