Toda mocinha, nos tempos idos, tinha seu Caderno de Dedicatórias, onde amigos escreviam palavras agradáveis e carinhosas. Eu não podia fugir à regra, e também tive o meu, que guardo até hoje com muito carinho. Hoje vou mostrá-lo a vocês.Econômica por natureza e por educação, não comprei um caderno bonitão, de capa dura, que era normalmente usado, e, naturalmente, mais caro.
Peguei um caderno comum, de capa mole, colei cartolina e cobri com um lindo papel para presente usado na loja do meu pai. Adorei a estampa de violetas ! Recobri com plástico transparente para proteger melhor. Passei um cordãozinho para embrulhos de presente, pela lateral, para dar um toque, e estava pronto o meu Caderno de Dedicatórias.
Na primeira página, os versinhos charmosos ( para 1959 ! ), indicavam a quem pertencia o Caderno.
Aí era só vencer a timidez e pedir aos colegas para escreverem uma dedicatória caprichada.
Meu amigo Roberto fez uma bonita apresentação, com tinta verde e letra floreada.
Essa dedicatória, feita por um rapazinho por quem eu estava "apaixonada", e onde ele fazia uma singela declaração de amor, deixou-me feliz e envergonhada. Tão envergonhada que arranquei a página para que ninguém visse. Alguns anos depois, já menos envergonhada, e nada apaixonada, colei a página novamente no caderno.
Coisas de tempos recatados...
Meu marido, (Na Era do Rádio) que antes de marido foi amigo, também fez sua declaração de amizade.
Colegas de colégio, de trabalho, amigos diversos, ao longo dos anos escreveram no meu Caderno.
Quando minha filha Cláudia (Pitados da Morgye), tinha 7 anos, pedi-lhe que também fizesse uma dedicatória. E ela caprichou nas palavras e no desenho.
Meu filho Roberto escreveu e desenhou, quando tinha 8 anos.
Meu querido e único neto (por enquanto...) João Pedro escreveu uma linda dedicatória, que deixou-me muito feliz e emocionada.
E assim, como um amigo fiel, meu Caderno de Dedicatórias vai me acompanhando ao longo da vida.
Folhear suas páginas, já amareladas pelo tempo, é sempre uma terna viagem ao passado.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
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Olá Flora,
ResponderExcluirMas que coisa linda e ternurenta este seu caderno de dedicatórias...
Gostei imenso!
E forradinho com papel com violetas...
Sabe o significado das violetas?
È AMOR OCULTO.
Elas são uma das minhas flores preferidas.
Parabens e obrigada, por ter partilhado conosco este seu lindo e maravilhoso caderno de dedicatórias.
Tenha um bom fim de dia
Um abraço
viviana
Obrigada, Viviana, pelo comentário.
ResponderExcluirA flor da violeta fica mesmo escondidinha no meio das folhas.
Hoje posso dizer que meu perfume preferido é o de Violeta. Tenho uma amiga que compra a essência e faz, e sempre que vem à S. Lourenço traz um vidrinho para mim. Adoro !
Beijo
Mocinha dos tempos idos: Que pena não a ter conhecido nessa altura. Naturalmente seria mais uma paixão perdida num caderno de memórias guardadas... Com um Oceano Atlântico de permeio (sou natural de Angola)fiquei resguardado dessa paixão...
ResponderExcluirObrigado pelo comentário que expressou no meu blog: Geia-deusaterra.
Ainda bem que o comentou pois foi a oportunidade de conhecer o seu. Apreciei muito vê-lo.
Saudações
querida flora que lindo passado tão presente vocÊ tem, sabe as vezes me pego a lembrar desses bons tempos que teimam em se afastar de nós, e vejo que tem pessoas que hoje nem me lembro o nome ...pessoas que estamos na mesma foto!!! e simplesmente fogem da memoria e ver esse seu caderno guardado com tanto carinho resgata coisas muito boas que ainda me lembro,lembranças que faz tão bem. obrigada por compartilhar e parabéns bjs sueli
ResponderExcluirCaro Micael:
ResponderExcluirSer chamada de mocinha, aos 64 anos, é simplesmente delicioso !
Gostei muito do seu blog, e vou percorrê-lo cuidadosamente. Tenho um amor imenso pela Natureza, e em especial pelas plantas, não tivesse herdado de minha avó o nome da deusa das flores e dos jardins...
Obrigada pela visita.
Oi, Sueli:
ResponderExcluirAcredito que a minha missão é despertar nos seres humanos essas lembranças, pois estou sempre relembrando histórias antigas.
Na minha família temos o hábito de contar e recontar casos familiares, através das gerações. É muito gostoso !
Obrigada pela visita.
Beijo