"AQUI VOCÊS TEM O RELÓGIO ... LÁ TEMOS O TEMPO !
Enquanto estava pensando na postagem para a Blogagem Coletiva do Espiritual-idade, recebo uma mensagem da minha amiga Leida sobre os Tuaregues. Li e gostei muito.
É isso ! Esse povo tem uma visão da vida, da espiritualidade e do tempo tão diferente do nosso modo de ser que achei muito bom mostrar aqui:
TUAREGUES, conhecidos como "homens azuis", porque sai tinta do tecido índigo usado em suas roupas e essa cor passa para sua pele, vivem no deserto do Saara.
Um deles foi entrevistado, pois
está estudando Gestão na Universidade de Montpellier. Vejam alguns conceitos desse povo:
"Despertamos com a luz do sol, levamos as cabras onde tem água e pasto. Elas nos dão leite e carne".
"Aos 7 anos já deixam que nos afastemos do acampamento para aprender coisas importantes: farejar o ar, escutar, apurar a vista, orientar-se pelo sol e pelas estrelas".
"Existem poucas coisas, mas representam muito. Sentimos alegria por nos tocarmos e estarmos juntos. Ali ninguém sonha com chegar a ser, pois cada um já o é".
"Sinto falta do leite de camela, do calor da fogueira, de andar descalço na areia quente. Lá nós olhamos as estrelas todas as noites. Aqui à noite, vocês olham a TV".
"Vocês tem tudo, mas não acham o suficiente. Passam a vida reclamando. Aprisionam-se pelo resto da vida a uma dívida bancária, num desejo de possuir tudo rapidamente."
Esse homem do deserto ficou chocado quando viu pessoas correndo pelo aeroporto:
"No deserto só se corre quando vem uma tempestade de areia. Fiquei assustado !"
As pessoas estavam correndo para pegar as malas...
Esse povo do deserto, possuidor de poucos "bens materiais", segundo a visão do homem atual, tem a riqueza da Terra e do Céu, e todo o Tempo do mundo.
Ele é, verdadeiramente, o maior milionário que existe !
domingo, 30 de maio de 2010
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Flora.
ResponderExcluirque postagem preciosa.
concordo com tudo que ele disse, passamos a vida correndo atras do tempo, do dinheiro para fazer as coisas que queremos, saber que não nos leva a lugar algum, sempre me encantei por este povo, milionario, pois tem tudo que eu sonho tempo, para ficar junto a natureza, dsfrutando de tudo que Deus nos deu inteiramente gratis...
em algum tempo já vivi por aí, em algum tempo já comtemplei este olhar....
beijo de luz
Nossa, que lindo, Flora!
ResponderExcluirPrecisamos de tão pouco para ser felizes, mas complicamos nossa vida.
Ele foi para a universidade supostamente para aprender, mas levou um grande ensinamento a todos.
Bjs.
Flora Maria
ResponderExcluirEsse jóvem tem toda a razão. Nós precisamos de muito pouco para viver, mas já nascemos nesta civilização (será que o é) e ao ir estudar, ele próprio não irá resistir... Ou será que a cultura deste povo lhes dá força suficiente para resistir a tudo que o rodeia enquanto estuda?
Era mais ou menos assim que se vivia na minha aldeia em meados do séc. passado, mas tudo acabou.
Beijinhos
Minha querida, Flora:
ResponderExcluirEsse é o tempo que liberta, enquanto nas grandes cidades, o tempo aprisiona.
Houve tempo em que se acreditava que viver assim era pobreza ou atraso de vida. Hoje, sabemos que pobres são os que se submetem às correrias das metrópoles.
Ainda bem que vivemos no nosso deserto verde, longe da agitação das cidades, e inseridos na paz dos campos.
Não somos azuis como os tuaregs, mas verdes como os ambientalistas que preservam a natureza.
Sensível, muito sensível, a sua abordagem sobre o tema, como tudo que pensa, sente e faz.
Um beijo querida.
Gilberto.
Que lindas palavras as suas Rosan, cheias de sentimento e sabedoria !
ResponderExcluirEsses povos, ditos "atrasados", possuem tudo o que é realmente necessário.
O resto é supérfluo...
Beijo
Oi, Gina:
ResponderExcluirEle foi para a Universidade porque ganhou um livro, O Pequeno Príncipe e decidiu que um dia o leria.
Assim, convenceu o pai a deixá-lo estudar, e ele andava 15 km para ir para a escola !
Sua história é muito bonita.
Beijo
Eu espero, Lourdes, que ele não seja contaminado pelo vírus do "progresso" !
ResponderExcluirHoje, eu e meu marido, vivemos uma vida bem alternativa ao padrão vigente. Claro que temos internet, TV e outros confortos modernos, mas também cultivamos a vida simples,sem luxos, e usufruímos das maravilhas que a Natureza nos dá.
É possível, sim, basta querer...
Beijo
Meu querido Gilberto:
ResponderExcluirÉ tão bom ter alguém ao lado que entende o que falamos, que sente o que sentimos, e que aceita nossas formas diferentes de agir !
Só assim podemos viver no "nosso deserto verde", com tantas riquezas e sem dinheiro...
Será que somos os Tuaregues da cidade ?
Obrigada pela visita e pelo lindo comentário.
Beijos
Para começar, essa foto dos olhos do homem do deserto com as vestes negras é lindíssima.
ResponderExcluirAgora, aquilo com que me deliciei foi com a sabedoria dele...: "nós olhamos as estrelas todas as noites. Aqui à noite, vocês olham a TV."
Ele disse TUDO.
Não pude deixar de rir quando ele falou sobre a correria no aeroporto versus a do deserto! ahahah
Oh, meu Deus, como esse homem está correcto, correctíssimo.
Não tenho a sabedoria deles - tomara eu! - mas também dispenso a televisão, passo semanas sem sequer ligá-la. Gosto mais de ler. Ou fazer crochet. E todas as noites observo a Lua.
Também não consigo compreender a obsessão das pessoas com os ponteiros do relógio. Porque é que faz tanta diferença chegarmos com o ponteiro um pouco mais para a frente ou para trás, quando o que deveria realmente importar seria a forma como chegamos.
Belíssimo post, Flora, adorei as reflexões.
Tem mais informações sobre os Tuaregues?
Oi Flora ! Já há muito tempo aprendi que Deus quando quer castigar os homens enriquece-os. E nós que, felizmente, conseguimos enxergar que precisamos de tão pouco para ser felizes, devemos, cada vez mais, tentar apreciar o que realmente interessa na vida. Acho que seguimos tentando isso, não é ?
ResponderExcluirBeijos. Vera
Oi, Hazel:
ResponderExcluirJá enviei para você a mensagem completa.
Tudo me tocou: a foto maravilhosa, a pureza e sabedoria do jovem tuareg, a forma tão simples e ao mesmo tempo tão completa de viver desse povo "pobre".
Muitas vezes, nós, ditos civilizados, esquecemos que existem mil maneiras de se viver nesse planeta.
Lembro que, há muitos anos atrás, eu li que o brasileiro pensava que o Brasil era só Rio e São Paulo, esquecendo das pequenas cidades e seu povo tão distante da "riqueza" das grandes capitais.
Hoje eu moro numa pequena cidade e vejo a diferença que existe. E o mais interessante é que, mesmo aqui, continua existindo diferença entre a minha vida atual, bem alternativa, e a vida dos que moram lá "na cidade".
Ainda temos muito que aprender...
E ensinar !
Beijo
É mesmo, Vera:
ResponderExcluirÉ taõ gratificante descobrir a riqueza que existe nas pequenas coisas, na Natureza, na amizade.
É tão bom entender que precisamos de pouca bagagem para seguir em frente nessa viagem encantada que é a vida...
Beijo
Olá, minha linda Flora
ResponderExcluirChego, finalmente, ao seu post de nossa BLOGAGEM COLETIVA ESPIRITUAL.. que preciosidade, minha irmã!!!
Quero aproveitar e agradecer seu convite (aceito) pra tomar um chá aí. Ficarei de 14 a 18 na Pousada das Hortências. Faremos também um tour em S.Lourenço... não podemos "perder tempo" e essa oportunidade,querida.
Já sinto, antecipadamente, o cheirinho e o sabor do seu chá e o gostinho do seu abraço... do seu carinho infinito... junto da "sua" natureza privilegiada aí...
Amanhã tem mais dicas para todos para o próximo post...
Ontem revi uma grande amiga da adolescência, está revesando entre o RJ e morar aí... mas nos vamos desencontrar quando vaja eu aí...
Bjs e muita paz!
Oi, Orvalho:
ResponderExcluirPensei que v. ficaria em São Lourenço...
Temos que combinar então, em que dia vocês estarão aqui.
Beijo
Olá, Flora Maria!
ResponderExcluirAchei muito interessante esta leitura, além de fazermos um paralelo com o nosso jeito de viver e os nossos costumes, exercitamos o lado espiritual, refletindo sobre os nossos valores, o consumismo...
Aprovei para ler mais sobre este povo tão enigmático, que se intitulam “Os Livres”, realmente a cultura é bem difente da nossa... Parabéns pelo tema!
Um grande abraço!
Oi, Zélia:
ResponderExcluirViu que legal esse povo do deserto ?
Adoro conhecer essas culturas tão distintas da nossa, regiões tão diferentes, histórias, culinária, música.
Beijo